quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Extremos


Já não sinto mais nada, e eu não gosto dessa sensação, esse meio termo. Eu gosto dos extremos, ou estou extremamente depressiva me afogando em lágrimas, ou em êxtase, extremamente alegre. Esse vazio não me diz nada, não tenho vontade de sorrir, nem de chorar. É como se eu estivesse em coma, estou viva, mas meus movimentos são de uma pessoa morta, como se eu estivesse morta. Até os meus olhos não se mexem, estão fixos em apenas um ponto. Assim como todo o meu corpo, nem sequer um músculo se movimenta, completamente imóvel. Eu quero de volta os meus extremos, eles me fazem viver. Mesmo quando vivo no ponto negativo mais extremo, são eles que me impulsionam para o extremo positivo, e a vida é assim. Temos que estar em algum lugar, que não seja em cima do muro.

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