sábado, 4 de fevereiro de 2012

silent screams...


Casa vazia, silêncio quase tocável. Silêncio sólido. Preciso de algo que me impeça de ouvir as minhas próprias palavras, os meus próprios pensamentos. Constantes. Pensamentos insuportáveis que gritam, mas não abalam esse silêncio. Gritos silenciosos. E os meus pensamentos não se calam. E essas paredes não gritam. Preciso de paredes que gritem, e que me impeçam de ouvir as minhas palavras. Palavras não ditas, inúteis, pensadas. Palavras que não se calam. Paredes que não falam, que se calam, silenciam.  

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Por amor


Um amor não se escolhe, o coração não escolhe. Como dizem todos, o amor é cego. Mas poucos entendem realmente o sentindo disso tudo. Pro amor não tem cor, não tem raça. Um amor dura a eternidade, e dura apenas um segundo. Ele não tem hora, nem tempo. Ele não escolhe o rico ou o pobre. Se são príncipes, se são sapos. São todos reis e rainhas, quando amam. E apenas porque ama. Um amor tem força, tem coragem, e tem medo. Uns vivem de amor, outros nem sabe o que ele nos causa. Causa confusão, dúvidas, felicidade, medo, ansiedade, êxtase. Afinal, o que é o amor ? É complexo, é simples, e é inexplicável. É apenas, amor. 

Palavras claras


O chão some, e tudo desaba. Toda estrutura que eu levo dias para construir, desaba em apenas alguns segundo após te ver. Mesmo com toda a negação, não resolve. Posso enganar os ouvidos que acreditam em qualquer palavra, que acreditam na mentira. Mas eu nunca acreditei na mentira, muito menos na minha própria mentira. Eu consigo enganar a você e a todos aqueles que me olham. Mas eu sei o que realmente está aqui dentro. Você está aqui dentro, e não saiu nem por um minuto sequer. Preciso de palavras claras, que me entregue. Para que o seu ouvido surdo perceba, não apenas o que está explicito em mim, mas tudo aquilo que está oculto. Tudo aquilo que eu tentei esconder. 

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Meu jogo


Minha vitória. Eu consegui negar tudo aquilo que eu mais desejava, mas também aquilo que mais me fazia mal. As apostas foram feitas e eu apostei tudo o que eu tinha. Assim como você. Mas eu venci. No seu jogo de blefe, eu disse não, quando você mais precisava do meu sim. Eu não ia cair no seu jogo, não dessa vez. Se você você capaz de mudar as suas estratégias, talvez ganharia. Mas você não foi e não é capaz. E agora esse é o meu jogo, onde eu escolho os jogadores. E eu dito quem ganha. Você apostou, e perdeu. Quando achava que eu lhe entregaria o meu jogo. Você estava enganado. Pois esse é o meu jogo, onde apenas eu tenho a vitória. 

Stroke


Reagir a esse vazio. Eu sei que é preciso, me resta saber como. É inexplicável o que eu sinto. O que você me causa. Como saber qual o melhor jeito de reagir, se eu nem mesmo sei contra quem, ou oque, eu estou reagindo. Confusão. Inerte. Vazio. Escuridão. E o golpe foi dado. Eu não pude me defender. Foi tarde. Tarde demais, e eu não pude ver o que se aproximava. Um golpe, e eu caí. Fantasmas do escuro. E continuei no mesmo ponto, imóvel, até os primeiros raios de sol. Clareando a escuridão. E revelando as marcas de sangue, do meu sangue, no chão. 

call me


Não dá pra negar. A ansiedade por aquele encontro, que eu nem sei se me trará a felicidade esperada. Mas eu sonho em te ver, mais uma vez. Torço pra que este seja também o seu sonho. Eu vou correndo, vou te encontrar. Aonde quer que você esteja. Eu vou agora. E vou pular no seu abraço, enquanto você ansiar pelo meu beijo. Nada mudou. E eu ainda quero você, e eu sei que você também me quer. É só deixar uma pista, o seu sinal, que eu vou correndo. E você será pra sempre meu. 

Cara a cara


Você estava lá, perto de mim mais uma vez. Cara a cara. O que eu não entendo é como podem ser feitas juras de amor em um dia e num outro... Bem, num outro você me ignora como se eu nunca tivesse passado pela sua vida, uma estranha, desconhecida. Pra onde foram aquelas palavras de que eu era a única ? Elas se  dissolveram no ar. No ar que não foi capaz de me dar oxigênio e que me fez sufocar. Tão incoerente quanto o fim.. o ar que me sufoca. Não é você que me sufoca, é a sua ausência, e esse vazio que ficou, desde a sua partida e, principalmente na minha recaída.